terça-feira, 1 de março de 2011

LIVRO DA TURMA ÍNDIA - OS FOMINHAS POR FUTEBOL - Por Manoel Julião

AM-207 – Manoel Julião Neto



Os fominhas por futebol ainda estavam batendo bola no campo, por trás do ginásio de esportes da Escola. (Estou citando o campo, porque também tinha o campo do carrapicho). A pelada estava acirrada, estava empate, então o CB-MR - Santos Rego, tocou o apito e anunciou no boca de ferro:

- Banho e uniforme.

E o empate continuava, nada de ninguém parar com a pelada, tocou "Bandeira", cada um saiu correndo para um lado, para se esconder, e só aparecer depois da bandeira arriada. Uns correram para adriça, eu como era muito do folgado, sai andando calmamente, e ainda por cima fui tomar banho no banheiro dos (zerinhos) agregados, o que era proibidissimo, quando na porta apareceu, o SG-EP - Wilton, mais conhecido por Broxinha, que foi logo dizendo:

- Natal, como você é meu cafiado, vou  dar duas opções para você escolher; A primeira colocar você no livro de castigo, e a segunda é você vestir a roupa e ir comigo até a pista de corrida dar 10 voltas e depois rolar na areia. O que você escolhe?

Eu como tinha uma namorada no bairro do Barro, por trás do Cemitério do Russo, não tive escolha, dei as 10 voltas na pista e depois rolei na areia da pista. Suado e todo sujo de areia, fiquei enrolando por ali por perto da enfermaria até o alojamento abrir. Tomei um banho com a mangueira da descarga do banheiro e quando cheguei no rancho já tinha dado volta, fui esperar pelo café com pão doce, às 21 horas, para então dormir.



MEU SABONETE

O dinheiro que recebia da Escola era curto, eu fazia muitas economias, de modo a juntar o dinheiro da passagem para ir namorar. O que eu fazia: Todo o pedaço de sabonete que encontrava dentro do banheiro, eu juntava e pregava um no outro. Meu sabonete tinha todas as cores, e pesava uns 400 gramas. Quando terminou o curso deixei aquela bola de sabonete dentro armário como recordação.


CHEIRO DA ESCOLA

Não sei porque, quando sinto cheiro de chulé e de roupa suja, eu lembro do meu armário na querida Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco.



EI DE TE AMAR ATÉ MORRER


Esse amor que não esqueço
E que teve seu começo
Foi num dia de São João
Foi amor á primeira vista
Foi um amor de paixão
Não como amor de artista de televisão
Que só termina com traição.


Tu não eras Iracema
Tu não eras Diacui
Tu não eras Potiguara
Tu não eras uma Índia qualquer
Tu és o amor de minha adolescência
Tu és o amor de minha juventude
Tu és o amor de minha vida adulta
Tu és o amor de minha velhice
Tu és o meu amor até em quanto á vida durar.


                                   
                                                            AM-207 – Manoel Julião Neto (Natal)
                   

Um comentário:

  1. Nobre Julião, eu era bom de bola mais não gostei da máfia por ocasião da escolha dos pebolistas. Passado meio período escolar, mudei de 1º para o 2º grupo (maurício) foi quando ele me viu jogar futsal e quis me empurrar na equipe, aí, comecei a fazer baboseira no jogo para ele me cortar. Depois da eampe, joguei muita bola com o Getúlio na ERMRJ e cheguei a seleção de marinha no recife, coisa muito desorganizada e despresível também. Tenho muitos elogios àquela equipe do tubarão que você participou, tinha muitos bons e todas as posições. abraços

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